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Exposição
Fotográfica

Caronte é o barqueiro que transporta almas moribundas entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos. Quem não possui uma moeda para pagar pelos seus serviços, estará destinado a vagar por cem anos às margens do Rio Estige, uma espécie de “não-lugar” entre o plano superior e o plano inferior, chamado de Purgatório por alguns, de Umbral por outros, mas todos nomes que se referem a esse lugar singular e transitório, onde o tempo é indiferente e o caminho infinito.

Pela a ótica desse enredo, assumindo a figura de transeunte pela cidade de Goiás, o fotógrafo Júlio Abreu registrou a paisagem da cidade histórica sob singularidade própria: ao longo de alguns meses, minutos antes do amanhecer e das luzes dos postes coloniais se apagarem, o chão muitas vezes molhado pela passagem de chuva ou do orvalho da madrugada, realizou a série de fotografias que compõem ‘A Margem é o Caminho do Expurgo’, um catálogo que reúne frações desse percurso, captado em seu próprio espaço-tempo-imaculado, entre algo que já foi e que está por vir.

A exposição, que inicialmente fez sua abertura na cidade de sua gênese, Goiás, no Museu das Bandeiras, com dez obras físicas, agora encerra sua segunda etapa de forma simultânea em dois novos espaços, o primeiro, no Coletivo Centopéia, com as obras físicas, e segundo, no novo site repaginado do Museu da Memória de Goyaz, de forma virtual e com o catálogo completo contendo mais de trinta fotografias.

Júlio Abreu

Bacharel em Cinema e Audiovisual pelo Instituto Federal de Goiás, Júlio Abreu tem fascínio pela imagem (estática ou movimento) desde sua infância, quando começou a desenhar de forma autodidata. Na adolescência passou a experimentar com a fotografia até começar a trabalhar formalmente na área, passando pelos mais diversos nichos. Desde então, especializou-se como retratista, com ênfase no registro documental. No cinema, já realizou trabalhos autorais que circularam por festivais e mostras diversas, tanto na direção, como na cinematografia, mas sem jamais abandonar a fotografia estática, buscando fundamentar seus métodos, práticos e teóricos, a fim de reafirmar possibilidades de intervenção, extraindo o máximo de seus sentidos, pelo seu poder de instigar narrativas, confrontar o observador e refletir sobre aquilo que é observado.

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